Estudante cria app Estudaê para Enem e revoluciona estudos na Bahia
Gustavo Rocha, aluno da rede estadual de ensino da Bahia, desenvolveu o aplicativo Estudaê para auxiliar na preparação da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), transformando o acesso a ferramentas educacionais para estudantes do Ensino Médio. A plataforma, criada durante sua passagem pelo Colégio Estadual Democrático Professor Rômulo Galvão, em Elísio Medrado, agora beneficia colegas no Colégio Estadual de Tempo Integral Teodoro Sampaio, em Santo Amaro, onde ele cursa a terceira série. O projeto surge da observação de desafios comuns na elaboração de textos argumentativos e na gestão diária de aprendizado, oferecendo recursos digitais integrados que otimizam o desempenho acadêmico. Além disso, Rocha se prepara para eventos como o 16º Congresso de Inovação, Ciência e Tecnologia (CONICT), em Campinas, e a Bahia Model United Nations (BaMUN) 2025, promovida pela Secretaria da Educação do Estado (SEC).
O Estudaê incorpora funcionalidades específicas para o contexto do Ensino Médio, com ênfase nas exigências do Enem, permitindo que usuários submetam redações digitadas ou escaneadas para correção automatizada. Essa ferramenta analisa estrutura, coesão e adequação temática, fornecendo feedback imediato que acelera o aprimoramento das habilidades de escrita. Outro componente central é o Caderno Digital, que armazena anotações de aulas e conteúdos revisados, enviando notificações programadas para revisões periódicas e evitando o acúmulo de procrastinação nos estudos. As atualizações do aplicativo derivam diretamente de sugestões dos usuários, garantindo relevância contínua e adaptação às necessidades reais da comunidade escolar. Rocha enfatiza que o foco reside em simplificar demandas acadêmicas rotineiras, promovendo uma abordagem proativa ao aprendizado.
A trajetória de Gustavo Rocha no ambiente educacional reflete o compromisso com a iniciação científica desde o início do Ensino Médio, impulsionado por políticas públicas que fomentam a experimentação e a criatividade. No Colégio Estadual Democrático Professor Rômulo Galvão, ele identificou lacunas na preparação para o Enem, motivando a concepção do Estudaê como solução prática e acessível. Atualmente, no Colégio Estadual de Tempo Integral Teodoro Sampaio, ele continua expandindo suas habilidades por meio de projetos orientados, integrando tecnologia à rotina pedagógica. A SEC, desde 2021, apoia iniciativas semelhantes via eventos como a Feira de Ciências e Tecnologia da Bahia (Feciba), além de editais que financiam deslocamentos e inscrições em congressos nacionais. Esse suporte governamental cria um ecossistema propício para inovações estudantis, ampliando o alcance de ferramentas como o Estudaê para além de uma única escola.
Cimille Gabrielle Antunes de Seixas, professora de Biologia no Colégio Estadual de Tempo Integral Teodoro Sampaio, supervisiona o progresso de Rocha e valoriza o impacto do Estudaê na motivação coletiva dos alunos. Ela observa que o desenvolvimento autônomo do aplicativo inspira outros estudantes a liderarem projetos semelhantes, fomentando um ciclo de protagonismo juvenil na rede estadual. A iniciação científica, sob orientação docente, reforça competências como pesquisa e aplicação prática de conhecimentos, com o Estudaê servindo como exemplo de como tecnologias simples podem elevar o engajamento em disciplinas como Língua Portuguesa e redação. Seixas destaca que tais iniciativas não apenas preparam para exames vestibulares, mas também constroem bases para trajetórias profissionais inovadoras, integrando o aluno ao debate educacional contemporâneo na Bahia.
Paralelamente ao foco em tecnologia educacional, Gustavo Rocha participará da BaMUN 2025, simulação da Organização das Nações Unidas organizada pela SEC, representando a rede estadual no Comitê Banco Mundial em dezembro. Esse evento reúne estudantes de diversos municípios baianos para discutir agendas globais, como desenvolvimento sustentável e políticas econômicas internacionais, estimulando a análise de perspectivas plurais. A experiência na BaMUN aprimora habilidades essenciais de comunicação oral, argumentação lógica e negociação diplomática, transferíveis para contextos acadêmicos e cívicos. Rocha expressa motivação em explorar temas mundiais, conectando-os à realidade local da educação pública, o que enriquece sua visão sobre inovação e equidade no acesso ao conhecimento. A SEC promove essa simulação desde 2021, visando expandir o horizonte cultural e intelectual dos participantes.
Naiara Carvalho, vice-diretora do Colégio Estadual de Tempo Integral Teodoro Sampaio, reforça o valor da iniciação científica como pilar do currículo escolar, destacando seu papel na formação de cidadãos autônomos e críticos. Ela argumenta que atividades de pesquisa, como o desenvolvimento do Estudaê, estimulam a curiosidade inerente aos jovens, transformando-a em ação produtiva que beneficia o grupo. Carvalho cita o exemplo de Rocha como modelo de dedicação, cujo projeto não só enriquece o portfólio acadêmico pessoal, mas também incentiva pares a explorarem ideias próprias, elevando o padrão de excelência na instituição. Essa abordagem integral ao aprendizado, segundo ela, prepara os estudantes para desafios futuros, como ingresso em universidades e inserção no mercado de trabalho, enquanto fortalece a rede de colaborações entre escolas estaduais.
O impacto do Estudaê e das participações de Rocha em eventos como o CONICT e a BaMUN ilustram o potencial da rede estadual de ensino para gerar soluções inovadoras em educação. A plataforma já desperta adesão entre alunos de diferentes colégios, demonstrando escalabilidade sem depender de investimentos externos massivos. Políticas da SEC, incluindo subsídios para feiras e simulações internacionais, sustentam esse ecossistema, garantindo que iniciativas estudantis alcancem visibilidade nacional. No contexto mais amplo, tais projetos contribuem para a redução de desigualdades no acesso a recursos preparatórios para o Enem, alinhando-se a metas de equidade educacional na Bahia. A evolução contínua do aplicativo, guiada por feedback comunitário, posiciona Rocha como referência em tecnologia aplicada ao ensino médio.
Além das ferramentas digitais, o envolvimento de Rocha em congressos como o 16º CONICT reforça a integração entre ciência, tecnologia e pedagogia, com apresentações que podem influenciar práticas em outras unidades da rede. A SEC, por meio de programas como a Feciba, facilita essa ponte, subsidiando custos e promovendo clubes de ciência nas escolas. Essa estrutura incentiva a diversidade de abordagens, desde corretores de texto até debates globais, enriquecendo o repertório dos estudantes. No Colégio Teodoro Sampaio, o protagonismo de alunos como Rocha é monitorado para maximizar impactos, com orientadores como Seixas e Carvalho atuando como catalisadores. Assim, a inovação estudantil não se limita a um indivíduo, mas se propaga como estratégia coletiva para elevar a qualidade do ensino público baiano.
A preparação para a BaMUN, em particular, destaca como eventos simulados da ONU fomentam competências transversais, essenciais para o Enem e além. No Comitê Banco Mundial, Rocha debaterá financiamentos internacionais, conectando economia global à educação local, o que aprofunda sua compreensão de contextos interligados. A vice-diretora Naiara Carvalho enfatiza que tais experiências constroem resiliência e pensamento sistêmico, preparando jovens para uma sociedade complexa. O Estudaê complementa isso ao oferecer suporte prático diário, formando um duo de inovação digital e diplomacia simulada que exemplifica o potencial da rede estadual.
Em resumo, o trabalho de Gustavo Rocha exemplifica como estudantes da Bahia rede estadual podem liderar transformações educacionais, com o Estudaê como ferramenta pivotal para o Enem e rotinas de estudo. O apoio institucional da SEC, via editais e eventos, amplifica esses esforços, promovendo um ambiente de excelência contínua.
Foto: Acervo Pessoal
Fonte das informações: Ascom/SEC





